terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dicas de Redação II


Hoje vamos abordar uma dúvida enviada por uma leitora via e-mail. Ela me perguntou sobre a utilização da maiúscula após a saudação em um e-mail. A questão me surpreendeu, pois nunca havia pensado na regra ou uso mais adequado. Vamos analisar a situação?

Um e-mail possui três partes essenciais: a saudação, o texto e a finalização. Na situação abaixo:

Prezado João,

Anexo, documento solicitado na reunião de ontem.

Obrigada,
Fabiana

O correto é escrever anexo com letra maiúscula ou minúscula?

Cenário 1

Na redação de cartas, o padrão é a utilização de maiúsculas por ser o início de um parágrafo.Ou seja:

Prezado João,

Anexo, documento solicitado na reunião de ontem.

Obrigada,
Fabiana

Se a redação da frase continuar na mesma linha da saudação, utiliza-se a minúscula:

Prezado João, anexo documento solicitado na reunião de ontem.

Obrigada,
Fabiana

Cenário 2

Se a saudação vier seguida de vírgula, utiliza-se a minúscula, mesmo pulando linha:

Prezado João,

anexo, documento solicitado na reunião de ontem.

Obrigada,
Fabiana

Somente utiliza-se a maiúscula se a saudação vier seguida de ponto final ou exclamação, por exemplo.

João, boa tarde!

Anexo, documento solicitado na reunião de ontem.

Obrigada,
Fabiana

Mas afinal, qual é a opção correta?

Ambas! Não há regra formal para uso ou não da maiúscula nesse caso. 

Realizei uma breve pesquisa com profissionais de tradução e revisão de textos e verifiquei que mais pessoas usam a maiúscula após a vírgula, como no Cenário 1. Porém, há também um grande número de pessoas que escreve como o Cenário 2. Portanto, use a opção que mais lhe agradar.

Qual você prefere? Deixe sua resposta nos comentários.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dicas de Redação I


Como redigir um e-mail para encaminhar um currículo



O e-mail é uma ferramenta fundamental de comunicação. Seja para encaminhar um currículo, troca de informações no trabalho ou manter contato com amigos, quase todo mundo precisa redigir essa forma de texto.

O post de hoje tem a intenção de evitar erros comuns nesse tipo de correspondência.

Como eu começo um e-mail?
Há diversas formas de se iniciar um e-mail, de acordo com a formalidade. Algumas delas são:

Bom dia / Boa Tarde / Boa noite
Prezado(a) / Caro(a)
Sr. / Sra. / Dr. Fulano(a)
Fulano(a) de Tal
Ao Responsável pelo Departamento de RH

O que eu devo escrever?
O texto do corpo do e-mail deve ser simples e conciso. Deve incluir a vaga para a qual o currículo será encaminhado, uma breve descrição profissional e qualquer outra informação solicitada pelo requisitante (pretensão salarial, região onde mora, disponibilidade de horário, etc.).

Erros Comuns!

  • Nunca utilize segue e anexo juntos. O correto é:

Segue currículo para...
ou
Anexo, currículo para...

  • Grafia da palavra pretensão: sempre com S.

  • Escreva o texto em 1a pessoa. Se você está escrevendo um texto sobre você mesmo, por que redigir como se outra pessoa estivesse falando de você?

  • Evite linguagem rebuscada. Por mais formal que seja a posição, estamos no século XXI. Não confunda cordialidade com exagero na linguagem formal. Não é necessário utilizar termos como "Ilustríssimo”, “Digníssimo”, “Subscrevo-me”, entre outros.

Como termino o e-mail?
Fuja do Atenciosamente ou Att. Abaixo, outras opções a serem utilizadas:

Cordialmente,
Obrigado(a),
Grato(a),
Grato(a) pela atenção,
Sem mais,
Aguardo retorno,
Coloco-me à disposição para maiores esclarecimentos,

Eu fiz um exemplo simples para ilustrar as dicas. Claro que essa forma de escrita não é regra, mas serve com um direcionamento.

Título do e-mail: Currículo – Analista Administrativo

Prezado João,

Anexo, currículo para a oportunidade de Analista Administrativo.
Sou graduada em Administração e estou cursando pós-graduação em Gestão de Negócios. Possuo três anos de experiência na função em multinacional francesa de grande porte. Tenho inglês nível intermediário.
Minha pretensão salarial é de R$ 4.000,00 mais benefícios.

Cordialmente,

Ana Maria
São Paulo – SP

Achou essa postagem útil ou interessante? Quais outra dicas você gostaria de ler? Deixe sua mensagem nos comentários!

domingo, 14 de agosto de 2011

Estamos de volta!

Depois de mais de um ano sem atualizações, finalmente vou retormar o projeto do blog. O tempo ficou escasso, muita coisa aconteceu, mas estou preparada para voltar a ativa. 

Inicialmente, convido a todos a revisitarem antigas postagens. A partir dessa semana, teremos novidades. 

Se você tiver dúvidas sobre algo relacionado à nossa língua, fique à vontade para me mandar um e-mail ou deixe um comentário. 

Aguardo a visita de todos! 

domingo, 25 de outubro de 2009

Dicas de Português - Nova Ortografia: Uso do Hífen II

Ao pesquisar material para elaborar as dicas sobre o uso do hífen de acordo com a nova ortografia, encontrei um resumo muito interessante e completo elaborado por Mardilê Friedrich Fabre.

O hífen não é utilizado nos seguintes casos:

I - Com prefixos

1) Nos vocábulos com os prefixos des- e in-. Se o segundo elemento começar por h, essa letra cai:
desumano, inábil.

2) Nos vocábulos em que o prefixo termina em vogal, e o segundo elemento inicia por vogal diferente:
antiaéreo, autoescola, coautor, autoinstrução, extraescolar, infraestrutura.

3) Nos vocábulos em que o prefixo termina por vogal, e o segundo elemento começa por letra diferente de r ou s:
anteprojeto, supermercado, microcomputador, autopeça.

4) Nos vocábulos em que o prefixo termina em vogal, e o segundo elemento inicia por r ou s. Nesse caso, essas letras serão duplicadas:
antirreligioso, contrarregra, minissaia, contrassenso, microssistema, multissecular.

5) Nas palavras formadas com os prefixos co-, re- pre- e pro- , mesmo nos encontros de vogais ou quando o segundo elemento começa por h (cai essa letra):
coautor, coocupante, coabitar, coerdeiro, reabilitar, reescrever, preexistência, proativo.


II - Nas locuções

6) Substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas e conjuncionais:
fim de semana, cor de vinho, nós mesmos, depois de amanhã, a fim de, uma vez que.

Observação: 
  • exceções de casos consagrados pelo uso: água-de-colônia, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, à queima-roupa.
III - Nos compostos por justaposição

7) Com termo de ligação:
de moleque, folha de flandres, tomara que caia, quarto e sala

Observação: 
  • Não seguem esta regra os compostos que indicam espécies botânicas e zoológicas, que, como visto, no item VI, 13, do emprego do hífen, são grafados com hífen: ipê-do-cerrado, bem-te-vi, porco-da-índia.
Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/1301368

Dicas de Português - Nova Ortografia: Uso do Hífen I

Ao pesquisar material para elaborar as dicas sobre o uso do hífen de acordo com a nova ortografia, encontrei um resumo muito interessante e completo elaborado por Mardilê Friedrich Fabre.

O hífen é utilizado nos seguintes casos:

I - Com Prefixos

1) Nos vocábulos formados com todos os prefixos, quando o segundo elemento começar com h:
anti-higiênico, arqui-hipérbole,  extra-hepático, geo-história, macro-história, mini-hotel, neo-humorismo, sobre-humano, super-homem, ultra-humano, semi-hospitalar, sub-hepático

2) Nos vocábulos em que o prefixo termina por vogal, e o segundo elemento começa com a mesma vogal:
anti-ibérico, arqui-inimigo, auto-observar, contra-ataque, eletro-ótica, infra-assinado, micro-ondas, semi-interno, supra-axilar

3) Nos vocábulos com os prefixos circum- e pan-, cujo segundo elemento começar por m, n ou vogal:
circum-navegação, pan-americano, circum-escolar

4) Nos vocábulos com os prefixos hiper-, inter- e super, quando o segundo elemento iniciar por r:
hiper-racional, inter-regional, super-real

5) Nos vocábulos com os prefixos tônicos pós-, pré- e pró- (acentuados graficamente):
pós-graduado, pré-adolescente, pró-americano

6) Nos vocábulos com os prefixos ex-(quando significa estado anterior), sota-, soto- e vice-:
ex-marido, sota-ministro (vice-ministro), soto-piloto, vice-presidente

7) Nos vocábulos com o prefixo sub-, quando o segundo elemento começar por b ou r:
sub-base, sub-raça.

II - Com sufixos

8) Nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani com valor de adjetivo, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento terminar em vogal acentuada ou quando a pronúncia assim o exigir:
capim-açu, amo-guaçu, anajá-mirim

9) Quando os prefixos além, aquém, recém, sem:
além-mar, aquém-fronteira, sem-teto

III - Com o prefixo bem-
 
10) Como primeiro elemento do vocábulo em que o segundo elemento é começado por vogal ou h:
bem-educado, bem-humorado.

Observações
  • Quando o segundo elemento não for iniciado por p nem b, pode não haver aglutinação:
    bem-vindo; bem-criado, bem-falante, bem-visto
  • Muitos são os casos em que o bem aparece aglutinado com o segundo elemento: benfeitor, benquerença, benfazejo, etc.

IV - Com o prefixo mal-

11) Como primeiro vocábulo, se o segundo elemento começar por vogal ou h:
mal-estar, mal-humorado

V - Nas palavras compostas

12) Que adquirem novo significado, mantendo o acento próprio:
primeiro-ministro, decreto-lei, amor-perfeito, guarda-noturno

13)Que designam espécies botânicas e zoológicas:
bem-te-vi, couve-flor, andorinha-do-mar, batata-inglesa, feijão-verde

VI - Nos compostos  com elementos repetidos ou onomatopaicos:

14) Exemplos: tico-tico, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá

VII - Para ligar duas ou mais palavras

15) Que ocasionalmente se combinam, formando encadeamentos vocabulares:
ponte Rio-Niterói, ligação Angola-Moçambique

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dicas de Português - Semana 6

Concordância Verbal – Parte IV

1) Pronome relativo QUE e QUEM

Pronome Relativo QUE: o verbo concordará com o elemento antecedente.

Fui eu que liguei para você
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos.

Pronome Relativo QUEM: o verbo pode concordar tanto com o antecedente como permanecer na 3º pessoa do singular.
 
Fui eu quem liguei para você. / Fui eu quem ligou para você.

Na expressão um dos(as) que, o verbo geralmente vai para a 3ª pessoa do plural:

Marisa é uma das que mais falam na sala.
As empresas de call center são as que mais absorvem mão de obra jovem.

2) Sujeito com o verbo no infinitivo

O gerente mandou os funcionários fazerem o treinamento.
O gerente mandou os funcionários fazer o treinamento.

Quando há dois verbos diferentes na mesma oração, é necessário flexionar o infinitivo para diferenciar os sujeitos.

A coordenadora orientou os colaboradores para diminuírem o número de fofocas.

Quando há dois verbos com o mesmo sujeito, não é necessário flexionar o segundo verbo:

Os colaboradores devem participar das reuniões.
As candidatas acabaram de chegar.

Quando não se sabe ou não se quer revelar o autor (sujeito) da ação, o verbo vai para a 3ª pessoa do plural.
 

Ouvi dizerem que algumas pessoas serão mandadas embora.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dicas de Português - Semana 5

Concordância Verbal – Parte III

1) Quando o sujeito é formado pelas expressões a maioria, a maior parte, grande parte, etc., o verbo pode ser usado no singular ou no plural.

A maioria  das pessoas está buscando novas oportunidades.
A maioria  das pessoas estão buscando novas oportunidades.

2) Quando o sujeito é um substantivo coletivo, o verbo concorda com ele.

A equipe montou um projeto de treinamentos.

Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.

A equipe de analistas montou um projeto de treinamentos.
A equipe de analistas montaram um projeto de treinamentos.

3) O verbo “haver” e “ter” nos sentidos de “existir”, “acontecer”, “ocorrer” é um verbo impessoal, ou seja, não possui sujeito. É empregado na terceira pessoa do singular, independente do tempo verbal.

Havia/Tinha muitas pessoas no processo de recrutamento.
Não vagas para estoquistas.
Na reunião passada, houve dificuldades de comunicação.

Ao utilizar o verbo “existir”, o verbo concorda com o sujeito. Ou seja:

Não existem vagas para estoquistas.